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 Sobre

Um pouco de história ...
 

Marcelo Stadler

 

Sou brasileiro, natural de Curitiba, Paraná, a cidade das quatro estações num só dia. Também conhecida como a cidade da cultura devido aos investimentos feitos pelos vários políticos que por aqui já passaram e que tiveram este olhar educativo. Mesmo assim, como o restante do Brasil, qualquer área de desenvolvimento requer muita criatividade, já que nem sempre o acesso à informação esteve tão disponível assim. 

Estes foram, entre outros, os fatores que me conduziram até aqui.

 

Pertencente à classe trabalhadora deste país, sem muitos recursos, talvez eu poderia me sentir frustrado por não ter condições para atingir meus objetivos ou não conquistar meus sonhos. Sempre gostei das áreas da arte, principalmente a música. Então o impasse: Seria possível viver da música num país onde os incentivos são escassos, mesmo em pleno século XXI? Somado a isso, levar a um povo desacostumado a um estilo erudito de música justamente este gênero?

Bem, aí está o desafio. Acredito que os desafios da vida são destinados aos grandes. Pessoas medíocres fogem deles, mas os grandes homens da história sempre mostraram garra e coragem para enfrentá-los. Então, mesmo não me achando grande, luto para me sentir como um deles. Creio que quanto maiores os desafios, maiores serão as recompensas, mesmo que não sejam recompensas financeiras, porque as coisas que mais valem não podem ser medidas monetariamente.

Mais ou menos pela virada do milênio, no início dos anos 2000, decidi realizar um antigo sonho de minha vida: tocar violino. Nunca tinha entrado em contato direto com um instrumento destes, só havia visto de longe... Após um bom serviço que me trouxe uma renda suficiente, comprei meu primeiro violino, sem nunca ter sequer pego um em minhas mãos.

Comecei a praticar. Sem método algum, sem técnica, com algum conhecimento de teoria musical que aprendi durante toda minha vida, com aulas de flauta doce na infância, piano na adolescência, técnica vocal com uma professora e muitas horas, a perder de vista, na Biblioteca Pública do Paraná, em minha cidade, finalmente achei que poderia me desenvolver como autodidata. "Enfiei a cara" como se diz popularmente.

Após cinco anos de estudos sozinho, surgiu uma oportunidade de ir ao exterior. Não pensei muito, fui à Portugal trabalhar para tentar melhorar de vida. Não foi um sucesso financeiro, embora tenha valido a pena porque a experiência adquirida não pode ser comprada. Precisei regressar e em 2006 estava de novo em Curitiba, onde surgiu uma oportunidade de tocar em uma orquestra de igreja.

Nesta orquestra, tive a bênção de ser ajudado por um jovem que me ensinou por quatro anos todas as técnicas necessárias para o meu desenvolvimento no violino. Após cinco anos na orquestra que também me ensinou muita coisa musicalmente, necessitei sair.

Hoje, dedico-me a tocar na igreja e em eventos como casamentos.

Talvez você possa estar se perguntando: E esse nome?

O nome surgiu de uma ideia inusitada. Enquanto eu tocava na Orquestra Adventista de Curitiba, recebia aulas de violino e fui percebendo que à medida que crescemos no conhecimento, também precisamos evoluir na qualidade sonora. Para isso, necessita-se de instrumentos cada vez melhores. Não é possível tocar num nível melhor com um instrumento pior. Assim, recebi um presente da orquestra: Uma doação de um violino mais "nobre", de autor (não feito em série numa fábrica chinesa). Fiquei muito feliz, contudo surgiu em minha mente o desejo de fabricar meu próprio instrumento. Comecei a pesquisar em livros, na internet e descobri que na época, o governo federal criou um projeto para se fazer intrumentos musicais com madeira da amazônia. Então pensei: Que tipo de madeira pode haver na amazônia que seja superior às madeiras que temos aqui, no Paraná? E por que não usar madeira daqui? Até então, em meus estudos, só tinha ouvido que os violinos são feitos com madeiras oriundas da Alemanha (Abeto, Woodbox) e África (Ébano).

Após um serviço de carpintaria, ganhei um caixilho de porta de imbuia, madeira nobre de altíssima qualidade extraída do Paraná. Nas minhas pesquisas, li que uma das suspeitas da qualidade dos violinos Stradivárius estava na possibilidade do uso de uma madeira mais dura ... Então: Por que não fazer um violino de imbuia?

Utilizando-me da boa vontade de um amigo que tem uma marcenaria, emprestei algumas ferramentas para fazer a parte mais bruta, e o resto terminei de fazer em casa, com ferramentas mais simples, como o formão e a lixa. Intercalando o serviço do ganha-pão com a fabicação do violino, consegui concluí-lo em 2010 em menos de um ano.

Talvez não tenha ficado com um acabamento invejável. Ficou, na verdade, meio rústico e um pouco mais pesado do que os outros, mas produziu uma qualidade de som que eu não tinha ouvido noutros instrumentos ainda. Fiquei satisfeito. Até o presente momento, não tenho conhecimento de outro violino feito totalmente de imbuia. Assim, surgiu o nome deste site e do canal do Youtube: Imbuia Violin.

Isto não é motivo de orgulho, apenas uma forma de dizer a você que tudo aquilo que queremos fazer, com a ajuda de Deus é possível, pois "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece" - Filipenses 4:13.

Deus te abençoe.

Algumas fotos do processo de fabricação do violino de Imbuia.

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Tel: 041 - 99660-7070

Curitiba - Paraná - Brasil

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